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Temer quer criar novas formas de financiar infraestrutura


BRASÍLIA E BELO HORIZONTE - O governo do presidente interino Michel Temer quer criar novas formas de financiar projetos de concessão de infraestrutura e mudar o papel do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em futuros contratos. Foi o que afirmou nesta segunda-feira o secretário-executivo do Programa de Parcerias de Investimentos do governo, Moreira Franco.

“Vamos mudar bastante toda a modelagem de financiamento”, disse ele ao Valor PRO, serviço de informações em tempo real do Valor, logo após uma palestra que fez a empresários mineiros em Belo Horizonte.

“O papel do BNDES, que é importante, fundamental, ele vai ser mais bem definido, e nós vamos cuidar de trazer outros mecanismos para dar mais robustez ao financiamento”, disse Moreira Franco.

Ele não quis dar mais detalhes, e afirmou que Temer se incumbirá de anunciar as mudanças que estão em estudo.

Reeleição

Em reunião com os líderes da base aliada na Câmara dos Deputados, o presidente interino Michel Temer abriu sua fala reiterando que não será candidato à reeleição. Foi a segunda declaração de Temer negando essa intenção, após afirmação do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), de que se tiver boa avaliação adiante, Temer será o candidato a presidente em 2018.

"Temer reiterou que não é candidato, disse que jamais seria, que publicamente, em vários momentos, já afirmou isso”, relatou o líder do PSD, Rogério Roso (DF). Segundo Rosso, Temer afirmou aos líderes que a prioridade do Brasil é resolver problemas econômicos e sociais e enfrentar a pauta das medidas anticorrupção.

No domingo, o Palácio do Planalto divulgou uma nota oficial em que Temer afirma que não será candidato à reeleição. “Fico honrado com a lembrança do meu nome”, disse Temer no comunicado oficial. “Mas reitero, uma vez mais, que apenas me cabe cumprir o dever constitucional de completar o mandato presidencial, se o Senado assim o decidir”.

Rosso lembrou que a Câmara até já aprovou uma proposta de emenda constitucional (PEC) que acaba com a reeleição. Nesse fim de semana, Maia disse à imprensa que se Temer for confirmado pelo Senado presidente do país, “e o governo chegar a 50% de ótimo e bom, ele é que será o candidato do nosso campo, quer queira, quer não". Maia acrescentou que haveria uma "forte tendência de Temer ir para o segundo turno e ganhar do Lula."


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