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Ibovespa sobe e dólar supera R$ 3,24; cena política segue no radar


SÃO PAULO - O Ibovespa tem um dia morno, oscilando entre ganhos e perdas. Às 13h20, o índice da Bolsa paulista ganhava 0,38%, para 58.118 pontos. Na cena externa, os investidores monitoram as bolsas americanas e o preço do petróleo; no Brasil, os agentes se concentram na capacidade do presidente Michel Temer de aprovar as reformas que considera necessárias para melhorar a economia e questionam se ele terá capital político para tanto.

Cemig liderava o Ibovespa, com alta de 4,69%. O conselho de administração da empresa aprovou ontem a venda de 40,7 milhões de units de propriedade da companhia na transmissora Taesa. Ao preço de fechamento dos papéis, o montante equivale a cerca de R$ 950 milhões.

Os demais destaques de alta eram ações de companhias que vendem commodities. Suzano PNA subia 4,71%, Fibria ganhava 3,13% e Klabin ganha 2,94%. As ações ganham com alta do dólar. Também avançavam Vale ON (1,95%) e Vale PNA (1,94%). Petrobras PN tinha alta de 1,17% e Petrobras ON registrava elevação de 1,56%. Câmbio

Após a aprovação do impeachment de Dilma Rousseff, a dinâmica do mercado de câmbio volta a ser direcionada pelo mercado externo.

O dólar subia frente ao real acompanhando o movimento no exterior, com os investidores aguardando a divulgação do relatório de emprego nos Estados Unidos amanhã, que poderá reforçar ou não as apostas em uma alta da taxa básica de juros americana no curto prazo.

Às 13h24, o dólar comercial subia 0,46% a R$ 3,2453, enquanto o contrato futuro para outubro avançava 0,51% para R$ 3,2700. No mercado local, o Banco Central (BC) seguiu com o ritmo de oferta de swaps cambiais reversos e vendeu hoje mais 10 mil contratos. Com isso, se mantiver o mesmo ritmo, o BC vai liquidar o restante de US$ 2,714 bilhões em contratos de swap cambial tradicional que venceriam em outubro e também quase a totalidade do lote de US$ 7,969 bilhões nesses ativos que vence em novembro.

Juros

Em um dia em que a aversão ao risco cresce no mundo, o mercado de juros tem sua dinâmica determinada pelo comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom) de ontem que, na visão dos operadores, manteve a porta aberta para um corte da Selic em outubro. O receio dos agentes era que, dada a incerteza sobre o avanço da reforma fiscal e a pressão recente sobre a inflação corrente, a autoridade monetária evitasse dar qualquer sinal sobre o alívio monetário no curto prazo. Assim, ao sinalizar que essa hipótese segue em jogo, os DIs operaram em firme queda, devolvendo boa parte do prêmio de risco acrescentado recentemente.

Aproveitando esse apetite por risco prefixado, o Tesouro Nacional vendeu a oferta integral de 10 milhões de LTNs. Mas, no caso das LFTs, foram vendidas apenas 702.350 do volume de 1 milhão de títulos ofertados. Às 13h27, o DI janeiro/2018 era negociado a 12,61% (12,78% ontem), DI janeiro/2019 tinha taxa de 12,05% (12,21% ontem) e DI janeiro/2021 tinha taxa de 11,97% (12,04%).


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