top of page

Renan critica e diz que Ministério Público passou a fazer política


BRASÍLIA - O presidente do Senado, Renan Calheiros, partiu nesta terça-feira para o ataque contra o Ministério Público Federal (MPF), dias após o vazamento da proposta de delação do ex-vice-presidente de Relações Institucionais da Odebrecht Cláudio Melo Filho, que citou seu nome, o do presidente Michel Temer e diversos outros políticos como negociadores ou receptores de propina no âmbito da Operação Lava-Jato.

“O Ministério Público, infelizmente, passou a fazer política. Só política. E, quando você faz política, você perde a condição definitivamente de ser o fiscal da lei”, afirmou ao chegar ao Senado. Renan disse que o Ministério Público está retaliando os senadores, depois que o Procurador-Geral da República colocou na força tarefa três membros do Ministério Público rejeitados pelo Senado Federal para integrar o Conselho Nacional do Ministério Público (MPF) e para o Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Ele referia-se aos procuradores Nicolau Dino, Vladimir Aras, Wellington Saraiva.

“Isso por si só já demonstra o que ele [Janot] está tentando fazer com o Senado”, afirmou. “Quando você coloca três nomes rejeitados pelo Senado, Nicolau Dino, Vladimir Aras, Wellington Saraiva, para comandar a força-tarefa, é evidente que eles vão todos os dias tomar medidas e mais medidas que não se sustentam contra o Senado, contra a instituição."

Questionado por jornalistas, Renan disse ainda que manterá na pauta de votação o projeto de lei de abuso de autoridade, assim como medidas sugeridas pela chamada “Comissão Extra-Teto”, que pretende combater os supersalários no serviço público. Em tese, o Poder Judiciário seria o mais afetado pela medida. “O projeto [de abuso de autoridade] está na pauta. Eu pretendo votar todos aqueles itens que foram indicados pelos líderes para compor a agenda de final de ano”, disse Renan.

Muitos davam o projeto de lei de abuso de autoridade como engavetado por Renan, depois da decisão do pleno do Supremo Tribunal Federal (STF) de mantê-lo na presidência do Senado, na semana passada, contrariando liminar do ministro Marco Aurélio Mello. Mas ele voltou à tona depois do vazamento da delação de Cláudio Melo Filho, que atingiu Renan e diversos senadores e políticos, além de Temer e seu núcleo próximo no Palácio do Planalto.Este trecho é parte de conteúdo que pode ser compartilhado utilizando o link http://www.valor.com.br/politica/4803925/renan-critica-e-diz-que-ministerio-publico-passou-fazer-politica ou as ferramentas oferecidas na página. Textos, fotos, artes e vídeos do Valor estão protegidos pela legislação brasileira sobre direito autoral. Não reproduza o conteúdo do jornal em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização do Valor (falecom@valor.com.br). Essas regras têm como objetivo proteger o investimento que o Valor faz na qualidade de seu jornalismo.


bottom of page